Onde a vida está? Onde tu és?
Mês: abril, 2014

aquele que nasce-re-nasce numa só vida,
integrou a sua (outra) face oculta,
desperta para a transparente,
inteireza da vida…
revela a verdade contínua,
e presença infinita.

‘nome: nascer – sobrenome: renascer’
eu sou transformação.
o fogo essencial incendeia o coração,
gera a transfiguração,
consumir (findar) e assumir (recomeçar).
o nascer e renascer, assim como,
a lagarta que entra e sai do próprio casulo,
para voar feito borboleta.
a larva que muda e rompe o próprio corpo,
para voar feito libélula.
nós deixamos de ser terrenos,
para sermos universais (espirituais),
no mesmo corpo, o ser pleno.

semente do infinito,
gestações da eternidade,
em verdade, amo amar amor…
mesmo quando significas a minha dor,
o mistério incolor, revela-se luz.

incorporar as cores desbotadas,
revelar a translúcida cor.

mesmo vestindo máscaras, fantasias,
bailando por cenários ilusórios,
cenas fictícias…
há em nós,
uma verdade que não se engana,
eis a beleza humana.

desapego…
reconhecer como a vida está,
aceitar a vida como ela é,
esse estado de impermanência e mistérios.
nesse mundo de imagens, véus, ilusões,
as verdades estão veladas, encobertas,
ocultadas em representações.
assumir a condição mutante do ser humano, abrir-se ao desconhecido,
ao ver além do crer (em si, no outro),
o aprender a ser (autoconhecer),
torna possível suportar o desafio,
e superar medos, crenças, perdas,
mudar hábitos, revelar valores,
potenciais, verdades em si.
descobrir o que há e o que falta,
dialogar, integrar ao ser essencial,
o ser vivo, vivente, princípio infinito.