talvez, seja impossível findar as ilusões,
se a realidade é de certa forma ilusória,
temporária, efêmera…
mas o mágico sempre compreende seu ilusionismo.
a ilusão se diverte ocultando a verdade,
a verdade se diverte fantasiada de ilusão.
o mago reconhece suas projeções,
o tolo se diverte com elas…
o sábio compreende ao atravessá-las,
e repousa ao encontrar em si a verdade.
m
quem sabe…
a doença seja uma forma da vida,
tentar combater uma atitude suicida.
por vezes, quando enfermos,
desaceleramos e refletimos,
sobre nosso estado de ser.
é oportunidade de ouvir, sentir e rever.
a vida naturalmente…
“luta” para preservar a existência,
“luta” para sustentar tudo o que existe,
e com a morte “luta” para renovar a vida.
nós quanto mais conscientes de si…
mais vivos e compassivos nos sentimos.
mas quando não damos ouvidos a vida,
aos sinais e aos sintomas…
e brigamos para não ter consciência disto,
(já que autoconsciência é mais responsa e sacro-ofício),
obviamente lutamos contra a vida,
gerando doenças, medos e mais conflitos.
a autoconsciência,
é também um processo de cura…
quem sabe haverá um tempo,
em que sejamos menos doentes,
e vivamos por prazer de ser o que somos,
e não por motivos insanos e inconscientes.
ser autoconsciente não é estar convencido,
mas estar vivo para aquilo/aquele que somos.
não aprendeu a aceitar o não.
não aprende a dizer o não.
que contradição…
sobrevive da negação a vida.
A verdade é absoluta…
Mas o absoluto é infinito.
Isso não pode ser verdade…
Ou é infinitamente verdade?
Então, a verdade que creio…
É tão somente a minha forma,
De compreender a verdade!?
E a verdade que não creio é verdade?
Digam a verdade, por favor…
pode ser tarde…
para quem pensou que era cedo,
para tomar consciência de seus medos.
a superação exige paciência e tempo.
persistir… não no erro.
A morte ensina a aceitar a vida,
A vida ensina a aceitar a morte.
E uma não há sem a outra…
Uma inova e a outra renova.
Ambas ensinam sobre a presença…
Uma nos lembra de presentear…
Outra nos lembra de presenciar…
Ser o presente do momento presente.
Seja o presente que deseja receber…
É a sua doação a existência.
ser, existir e sincronizar…
com a necessidade de fluir e de preservar a renovação…
como pode doar se está vazio?
quando se está vazio, faz-se necessário…
entregar-se, aceitar, render-se para receber.
como pode receber se está cheio?
se está cheio de certezas, cheio de razão…
não há espaço para receber outra “solução”.
ou se está cheio de energia vital…
não há necessidade de receber e sim de doação.
ao doar, naturalmente haverá…
uma necessidade de novamente receber.
é cíclico o sagrado processo de renovação,
mas devemos estar abertos, disponíveis para esta renovação.
e ao reconhecer que reciprocamente,
recebemos após uma doação…
desperta-se a consciência da compaixão,
permite-se a fluidez, estabelece a confluência,
torna-se uma fonte-canal…
em sinergia com a potencia doar-receber,
o perene movimento circulatório, a troca vital…
o processo de renovação contínua, essencial-transcendental,
ser o vívido ser em sincronia com a vida.
desistir é prolongar o sofrimento.
e resistir não é tão somente suportar a dor,
mar flexibilizar-se, deixar fluir…
resgatar a paz interior,
transformar a sua dor em amor.
somos sementes de amor,
cultivando colhemos os frutos…
e é amando-se que tornamos o fruto maduro.
dogma é quando considera-se,
um único ponto de vista como verdadeiro,
só há aquela vista do ponto.
a verdade pode ser compreendida,
sob diferentes pontos de vista,
há vistas distintas do mesmo ponto.
o ponto pode até ser absoluto,
mas as vistas são relativas.
a verdade tem níveis de compreensão,
o dogma é um nível de entendimento,
que nega outros níveis de compreensão.
humildade é o estado de ser do sábio,
e é a capacidade de transcender,
a própria forma de entendimento e compreensão,
não julga-se detentor do saber…
mas aprendiz, aquele que preserva a sabedoria.
se deus não existe,
o diabo também não.
logo, você é o responsável,
por sua realização.
e se deus existe,
o diabo também existe.
então, você é o responsável,
pela realização de deus,
ou do diabo.
Um Sol Coração 