Terminar a existência e ser vivo…
o que somos? e o que queremos ser?
e depois de sairmos daqui, a lembrança de nós, será morta ou viva?
o fruto que ao fim, somente caiu do pé e pereceu?
ou fruto que ao doar-se, nutriu aquilo que é vivo e ascendeu?
aquele que deixa esse mundo…
pode ter deixado/doado suas qualidades, valores, virtudes, sua seiva
e ter semeado o legado de um nobre fruto, de um alimento que dá vida e novos frutos…
ou ser um fruto oco que esteve o tempo todo apegado ao galho do tronco
por medo de ser aquele que é (o ser eterno além do ego) termina perdido no jogo…
pois a fonte do jogador desliga inevitavelmente o efêmero ego e o veículo corpo.
sem enraizar-se e elevar-se na árvore da vida
sem fluir com a seiva, sem florescer e frutificar seu alimento vivo…
que habita o coração de nosso coração, o essencial amor divino
simplesmente consumimos aquilo que desaparece no tempo
e terminamos consumidos e consumados.
sem nascer/despertar para o vívido, para o legítimo em nós…
não ser aquele que somos, um com o todo, não existimos.
existir é sermos sementes que fazem da gente, seres perenes…
durante e depois de termos aqui existido… somos eterno princípio.
ascender é realizar no tempo a essência do eterno-infinito.
é tempo de revelar-se multidimensional, sendo aqui e agora o atemporal
despindo-se de suas embalagens, bagagens, máscaras, falsidades, miragens
e vir-a-ser ao natural, tua versão original.