Sou um todo… ao incluir o outro.
por EM SI: LUGAR DE GRAÇA
Aquilo que não liberto, me consome.
A energia da vida, o rio do amor… tem uma legítima condição… passar espontaneamente livre, incondicionalmente… mas ao impedirmos que ele flua… que ele circule, que passe por nós, desfazendo os nós… o condicionamos e a ele nos apegamos, nos cegamos, inflamamos, viciamos e nos aprisionamos… mas o inocente selvagem… não pode ser trancafiado – não se pode parar o impermanente – não se pode deter e ficar para si o que não é seu por natureza… o amor, nascido para fluir, renascido para livre circular… renascente para passar adiante… é simplesmente uma fluida pureza no ar que se respira… que vivifica, que sustenta e transforma… tudo e todos em perpétua vida…
“Amar o todo,
o tempo todo.”
Todo tempo amor.
Em última instância, naquela estância maior… Mesmo incerto é preciso perdoar todos os atos e todos os outros… E assim, continuando a vir-a-ser contínuo… Um todo… O amor como um todo… Repleto-vazio em si…
* Diálogo poético com o querido blogueiro Mariel Fernandes. Publicado originalmente em setembro/2014.
* Imagem de satélite do golfo de Cambridge, Austrália.