Um como Outro: Todo.
Olhar a vida e… Se ver… A vida…
O que nós procuramos está na criança… O que a criança encontra… É laço… E está continuamente em nós… Ser nu e continuamente… Reatar o laço em nós…
Olhar a vida e… Se ver… A vida…
O que nós procuramos está na criança… O que a criança encontra… É laço… E está continuamente em nós… Ser nu e continuamente… Reatar o laço em nós…
Caminho em todo… Em nenhum… Em si…
no caminho
do meio
não há lados.
no caminho
do silêncio
não há palavras.
no caminho
não há busca e buscador
mas caminho…
A pessoa de sorte,
Aposta na sorte,
Desdobrando…
A sorte em si.
“Estou ficando nu… Sorrindo, eu não sinto vergonha alguma… Com quem eu sou…” Lucky Man – The Verve
vemos e sentimos de tudo.
ouvimos e falamos de tudo.
imaginamos e pensamos de tudo.
experimentamos e conhecemos de tudo.
até começarmos a perceber…
e quem sabe compreender…
o que há em tudo, o que é tudo:
nada mais que um todo…
recriando-se…
experienciando-se…
É maravilhoso ver do alto. É doloroso chegar no alto. É moroso sair do auto…
ser comum
é o modo de
ser um todo.
Simples. Simplesmente difícil.
Dia e noite.
Religiosamente.
Noite e dia.
“Quando o sol está quente e o estômago cheio, você parece um praticante. Quando contrariedades e tempos difíceis surgem, você é realmente muito comum!”
Imagem: “Manjushri” é uma deidade do Budismo Tibetano. “Manjushry, cujo nome significa nobre, gentil, vê a essência de cada evento fenomenal.” Taigen Daniel Leighton
“Se você quer milagres, não procure o Budismo. O supremo milagre para o Budismo é você lavar seu prato depois de comer.
Se você quer curar seu corpo físico, não procure o Budismo. O Budismo só cura os males de sua mente: ignorância, cólera e desejos desenfreados.
Se você quiser arranjar emprego ou melhorar sua situação financeira, não procure o Budismo. Você se decepcionará, pois ele vai lhe falar sobre desapego em relação aos bens materiais. Não confunda, porém, desapego com renúncia.
Se você quer poderes sobrenaturais, não procure o Budismo. Para o Budismo, o maior poder sobrenatural é o triunfo sobre o egoísmo.
Se você quer triunfar sobre seus inimigos, não procure o Budismo. Para o Budismo, o único triunfo que conta é o do homem sobre si mesmo.
Se você quer a vida eterna em um paraíso de delícias, não procure o Budismo, pois ele matará seu ego aqui e agora.
Se você quer massagear seu ego com poder, fama, elogios e outras vantagens, não procure o Budismo. A casa de Buda não é a casa da inflação dos egos.
Se você quer a proteção divina, não procure o Budismo. Ele lhe ensinará que você só pode contar consigo mesmo.
Se você quer um caminho para Deus, não procure o Budismo. Ele o lançará no vazio.
Se você quer alguém que perdoe suas falhas, deixando-o livre para errar de novo, não procure o Budismo, pois ele lhe ensinará a implacável Lei de Causa e Efeito e a necessidade de uma autocrítica consciente e profunda.
Se você quer respostas cômodas e fáceis para suas indagações existenciais, não procure o Budismo. Ele aumentará suas dúvidas.
Se você quer uma crença cega, não procure o Budismo. Ele o ensinará a pensar com sua própria cabeça.
Se você é dos que acham que a verdade está nas escrituras, não procure o Budismo. Ele lhe dirá que o papel é muito útil para limpar o lixo acumulado no intelecto.
Se você quer saber a verdade sobre os discos voadores ou sobre a civilização de Atlântida, não procure o Budismo. Ele só revelará a verdade sobre você mesmo.
Se você quer se comunicar com espíritos, não procure o Budismo. Ele só pode ensinar você a se comunicar com seu verdadeiro eu.
Se você quer conhecer suas encarnações passadas, não procure o Budismo. Ele só pode lhe mostrar sua miséria presente.
Se você quer conhecer o futuro, não procure o Budismo. Ele só vai lhe mandar prestar atenção a seus pés, enquanto você anda.
Se você quer ouvir palavras bonitas, não procure o Budismo. Ele só tem o silêncio a lhe oferecer.
Se você quer ser sério e austero, não procure o Budismo. Ele vai ensiná-lo a brincar e a se divertir.
Se você quer brincar e se divertir, não procure o Budismo. Ele o ensinará a ser sério e austero.
Se você quer viver, não procure o Budismo, pois ele o ensinará a morrer.“
por Reverenda Yvonette Silva Gonçalves
Agora é o Caminho. O Caminho é Agora… em Si.
Que meu tempo seja terno, pois só o tempo é eterno.
* Deserto da Namíbia.
Fazer simplesmente a nossa parte… inteira. Cuidando de onde estivermos, pois aqui estamos.
Caminho no silêncio.
Caminho em oração.
Caminho do coração.
“Esse caminho tem coração? Todos os caminhos são os mesmos: não conduzem a lugar algum. São caminhos que atravessam o mato, ou que entram no mato. Em minha vida posso dizer que já passei por caminhos compridos, mas não estou em lugar algum. A pergunta de meu benfeitor agora tem um significado. Esse caminho tem um coração? Se tiver, o caminho é bom; se não tiver, não presta. Ambos os caminhos não conduzem a parte alguma; mas um tem coração e o outro não. Um torna a viagem alegre; enquanto você o seguir, será um com ele. O outro o fará maldizer sua vida. Um o torna forte; o outro o enfraquece.” Don Juan Matus, mestre de Carlos Castaneda.
* Fonte: TomSimões.com
Num tempo onde não se pode perder tempo, não temos tempo para as coisas mais essenciais. Essenciais? Sim… o que chega na essência. Para se chegar a essência é preciso dedicação… dedicar meu tempo e meu espaço interior para aprofundar minha percepção.
Mas a demanda de compromissos e o tempo corrido não nos permite mais a este luxo. Mesmo quando estamos sem o compromisso, nossa mente não consegue mais desacelerar, e ela continua preocupada (pré-ocupada). O ócio acaba nos trazendo um incômodo, um vazio inquietante.
A vida moderna exige que estejamos atentos e ativos. Tempo é dinheiro, consumo ou diversão (distração). Mas isso nos torna extremamente focados em nossas necessidades e compromissos, nos faltando tempo para olhar o outro. Tempo para ouvir, perceber e acolher o outro com interesse genuíno, não egoísta – onde essa atenção poderia me trazer algum benefício. O sofrimento do outro passa a ser responsabilidade exclusivamente dele, cada um com seus problemas. Eu me torno indiferente a eles.
Mas a calma e a tranquilidade aprofunda minha conexão com o mundo ao meu redor, ao contrário da pressa, que mantém minhas relações na superfície (superficiais). Minha percepção aumenta e com ela, minha sensibilidade e minha atenção. Começo a apreciar as coisas. O mundo, a natureza, o outro, a música, a arte, a solidão e a interação. Para isso é preciso estar no tempo e não correr contra ele.
O tempo é amigo da empatia, a falta dele… da indiferença.
O tempo é amigo da percepção, a falta dele… da insensibilidade.
O tempo é amigo da tranquilidade, a falta dele… da tensão e do estresse.
O tempo nos leva à essência, a falta dele… à superficialidade.
O tempo nos leva ao altruísmo, a falta dele… ao egoísmo.
Se você está correndo demais com seus compromissos, anda muito ocupado e estressado? Cuidado… você pode estar fora do tempo. Procure se proporcionar uma vida com mais tempo: tempo sem compromisso, tempo com a família, na natureza ou qualquer outro tipo de meditação.
por Leonardo Maia
Fonte: Antroposofy.com.br