Renunciando. Tomando posse.
“Se o teu olho for simples, o teu corpo será luminoso.”
Antes entardecer, depois noite.
Antes noite, depois amanhecer.
Ser… enobrecer… Sereno… nobre ser…
“Se o teu olho for simples, o teu corpo será luminoso.”
Antes entardecer, depois noite.
Antes noite, depois amanhecer.
Ser… enobrecer… Sereno… nobre ser…
Em silêncio e solidão… Com seu solidário coração…
ao estar no deserto
adentro o centro aberto
em meio, em silêncio, em processo
de permanente impermanência
desdobrando-se em autoconsciência.
Desconhecido caminho… Iluminante caminho…
Sagrado é existir…
Pois é tudo o que temos.
Sagrado é ser aquele que somos…
Pois é tudo o que é.
Nada mais sagrado que existir…
Sendo como é.
Sempre pronto, pronto pra outra…
* Imagem: Meu Autorretrato do Momento.
“A vida depressa caminha para o nada”…
A vida presente caminha ao todo…
Ser fiel… Sendo “fiel ao momento que passa” permanentemente…
* Citações do poeta chinês Tao Yuanming (365-427)
* Aquarela “Árvore chinesa”, por Inês Dourado.
No centro, o ponto cardeal. No aberto, o ponto final.
Oriente-se… A bússola aponta sempre para o norte… Não importa qual direção deseja seguir… Siga com a bússola… Em si está a rosa dos ventos…
“A paz, obviamente, deve começar em nós e por nós. Quem não está em paz, como poderá transmitir paz ou ensejar a paz?”
“O Cristo Cósmico está em todos nós, em nossos Corações; só precisamos…
descobri-Lo
ouvi-Lo e
segui-Lo.”
O caminho de casa é em si-agora. A casa é o caminho do si mesmo… De coração ao Coração… Caindo em si, e de si, elevando-se ao silêncio que é tão somente… eterno presente…
* Citação e inspiração do site paxprofundis jeanyvesleloup
Certa vez Tan-hsia, monge da dinastia Tang, fez uma parada em Yerinji, na Capital, cansado e com muito frio. Como era impossível conseguir abrigo e fogo, e como era evidente que não sobreviveria à noite, retirou em um antigo templo uma das imagens de madeira entronizadas de Buda, rachou-a e preparou com ela uma fogueira, assim aquecendo-se.
O monge guardião de um templo mais novo próximo, ao chegar ao local de manhã e ver o que tinha acontecido, ficou estarrecido e exclamou: “Como ousais queimar a sagrada imagem de Buda?!?”
Tan-hsia olhou-o e depois começou a mexer nas cinzas, como se procurasse por algo, dizendo: “Estou recolhendo as Sariras (*) de Buda…” “Mas,” disse o guardião confuso “este é um pedaço de madeira! Como podes encontrar Sariras em um objeto de madeira?”
“Nesse caso,” retorquiu o outro “sendo apenas uma estátua de madeira, posso queimar as duas outras imagens restantes?”
(*) Sariras – tais objetos são depósitos minerais – como pequenas pedras – que sobram de alguns corpos cremados, e que segundo a tradição foram encontrados após a cremação do corpo de Gautama Buda, sendo considerados objetos sagrados.
Koan: Em que parte de um objeto fica o reverenciado Sagrado?
No centro da espiral, o nosso lar… Deste caminho intimamente circular…
Enquanto aceito-me, desapego…
Desdobro-me, descubro o Ego…
E desperto, encontro-me Self…
CentradaMente aberto…
Siga a sua verdade… E encontre toda a verdade…