Conto Zen: Nem água, nem lua.
por EM SI: LUGAR DE GRAÇA
Por anos e anos, a monja Chiyono tentou o seu melhor, sem conseguir chegar à iluminação.
Uma noite, carregava um velho pote de bambu, cheio de água.
Enquanto caminhava, observava atenta a lua cheia refletida na superfície da água.
De repente, o fundo do pote se rompeu e a água escorreu, o reflexo da lua se foi.
– e Chiyono Iluminou-se.
Naquele momento, escreveu estes versos:
“De um modo ou de outro tentei segurar o pote inteiro,
esperando que o frágil bambu nunca se partisse.
De repente, o fundo caiu.
Não havia mais água,
nem a lua refletida,
o vazio em minhas mãos.”
* Meu insight do momento: Dê passagem. De passagem.