Um Sol Coração

Onde a vida está? Onde tu és?

Tag: arte

Que não lhe falte fé… Orfeu.

Fel ou Fé? “Fel e Fé…”

Orfeu ou Eu? “Orfeu de Fé, Eu Sou…”

Orfeu…“O que cura pela luz”.

 

Dom da arte, Amor pela luz… Luz interior? A Divina Luz?

À procura do amor perdido, em busca da alma, do luminoso princípio…

Apaixona-se, perde-se, busca-se, enfrenta-se, encontra-se mas…

Mas o amor é sempre enigmático, labiríntico… impossuível? Desafiador…

Com a coragem, com a intuição e com a misteriosa fé…

Fé que move e ilumina, que orienta e encaminha…

E realiza o encontro… daquele que procura com o procurado: a cura e o curado.

 

Ser de Fé… É o maior desafio do buscador… é o propósito daquele que busca transcender sua mais íntima dor… É a porta sem porta, é a ida sem volta… É abrir mão para receber… É incondicionalmente Ser…

 

 

* Inspirado no Mito de Orfeu.

* Pintura: “Orfeu acalma Cérbero com sua Lira”

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Nas Asas da Borboleta…

Aprecie as obras em miniatura do artista mexicano Cristiano Ramos, que reproduz obras de arte em asas de borboleta. Cada pintura que desenha em uma asa de borboleta requer mais de 100 horas de trabalho.

Para conhecer mais o trabalho do artista, acesse o site Cristiam Ramos Art .

“Ostra feliz não faz pérola”

Resultado de imagem para “Ostra feliz não faz pérola”

“Ostras são moluscos, animais sem esqueleto, macias, que representam as delícias dos gastrônomos. Podem ser comidas cruas, com pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas – são animais mansos –, seriam uma presa fácil dos predadores. Para que isso não acontecesse, a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, conchas duras, dentro das quais vivem. Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário.

Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostras felizes se riam dela e diziam: “Ela não sai da sua depressão…”. Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de sua aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava seu canto triste, o seu corpo fazia o trabalho – por causa da dor que o grão de areia lhe causava.

Um dia, passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro de uma ostra. Ele o tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele a tomou e deu-a de presente para a sua esposa. Isso é verdade para as ostras. E é verdade para os seres humanos.

No seu ensaio sobre O nascimento da tragédia grega a partir do espírito da música, Nietzsche observou que os gregos, por oposição aos cristãos, levavam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia. Não existia para eles, como existia para os cristãos, um céu onde a tragédia seria transformada em comédia. Ele se perguntou então das razões por que os gregos, sendo dominados por esse sentimento trágico da vida, não sucumbiram ao pessimismo.

A resposta que encontrou foi a mesma da ostra que faz uma pérola: eles não se entregaram ao pessimismo porque foram capazes de transformar a tragédia em beleza. A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A felicidade é um dom que deve ser simplesmente gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não produz pérolas. São os que sofrem que produzem a beleza, para parar de sofrer. Esses são os artistas. Beethoven – como é possível que um homem completamente surdo, no fim da vida, tenha produzido uma obra que canta a alegria? Van Gogh, Cecília Meireles, Fernando Pessoa…”

Ostra feliz não faz pérola – Rubem Alves

Ser: Aceitar o que se É.

a verdade é nua…

para uns é obscena…

para outros é encenação…

é simplesMente verdadeira…

 

despir… é o ver da verdade…

relativaMente absoluta…

absolutaMente relativa…

Arte de Ser

Incitaram…
A pensar o nu…
Me vi desnudo.