
Por vezes a vida (unicamente múltipla que só ela)…
Pontua, põe ponto final… Ou seria ponto e vírgula?
Com ela faço rascunhos, interpretações, exclamações, reticências…
Mas cedo ou tarde retorno às interrogações e à fonte criativa.
No prefácio, parece rápido, fácil…
Porém, o sumário é sumério, segredos do mistério…
Onde termina o princípio?
Qual é o meio?
Aonde começa o fim?
E assim, capítulos rolam, uns enrolam outros desenrolam…
Figuras, personagens, riscos, teorias… Citações, traduções, justificativas ocupam longos parágrafos…
Apesar das leituras e releituras… há letras, linhas, entrelinhas, significados… sentidos que permanecem codificados em aberto espaço…
Palavras erradas, não escritas, mal entendidas, revisadas, nem sempre, quase nunca compreendidas…
Páginas e mais páginas difíceis de serem enumeradas… mas ainda assim escritas…
E a capa dura, mesmo que não ceda, envelhece e há de se dobrar ou cair naquele dia…
O livro, dura o tempo que durar… Simplesmente por cumprir o seu papel de mensageiro da vida…
De repente num tao não-lugar há de se completar histórias… A causa e-feito poesia… A página em branco comunica além das palavras… encerra o princípio em si…
* Texto revisado, publicado originalmente em 23/04/2014.