O medo : dome-O
Cruzes… Cruze.
Cruze o que cruzar…
O sentido é em si.
O centro é em ti.
Cruzes… Cruze.
Cruze o que cruzar…
O sentido é em si.
O centro é em ti.
Tudo passa. Tudo se repete. Passe… Atravessando repetidamente.
Não deixamos o passado.
Nem chegamos ao futuro.
Cruzamos aqui-agora…
Esta passagem presente.
Aberto ao presente. Abrindo o presente. Sendo presente.
O tempo não para, paira…
No caminho… não existem atalhos, mas travessias.
Na travessia… estamos cruzando um caminho repleto de miragens, projetadas pelo caminhante.
Somos um deserto… silencioso, sereno e aberto, enquanto estamos silenciosos, serenos e abertos.
Silêncio é a voz da vacuidade… e sinal do caminho…
navegar
bússola
ancorar
vela
Em alto e profundo mar… Cruzando… Abertamente em si… Rosa dos ventos…
sem dogmas, sem julgamentos, sem preconceitos… sempre amor…
cruzando encruzilhadas
realizando a cruz
circulando o centro aberto
integrando sombra e luz…
“Em nome do Incriado e do Criado e da Criação”… Amável e Imutável Mutação…
Sou de fé enquanto sou aquele que é… Sou o caminho enquanto o caminho…
Na vertical e no horizonte e no íntimo… Um total… Em todas as direções, em lugar nenhum…
Nem buda nem cristo escaparam do sofrimento, pelo contrário, atravessaram seus próprios sofrimentos… e encontraram-se na inocência… no vazio, na impermanência… a vida eterna, em si a contínua presença…
O círculo e a cruz.
O caminho é o cruzamento.
* Foto minha, obra de cupins. 🙂