Vivo o Vivo
A vida chama. A chama dá vida. Eis a chama da vida.
A vida vale a pena ser vivida?
A vida vale a pena ao ser vivida.
E como é que se vive a vida?
Dando vida àquele que é… como a vida é.
Ao vivo. Ao todo. Agora.
A vida chama. A chama dá vida. Eis a chama da vida.
A vida vale a pena ser vivida?
A vida vale a pena ao ser vivida.
E como é que se vive a vida?
Dando vida àquele que é… como a vida é.
Ao vivo. Ao todo. Agora.
Cai do alto, vai ao fundo e volta para o alto sendo profundo… feito gota d’água…
Cada um é um dom… que caiu do céu…
E o propósito-desafio é…
Descobrirmos, desenvolvermos e realizarmos o dom…
Expandindo-se na terra, aprofundando-se no ser e elevando-se ao céu…
Presenciando o dom renascente, bebendo da fonte confluente…
Devolvendo a vida, a vida da qual recebemos…
* Símbolo budista – “Flor de Lótus: O lótus está enraizado na lama profunda e seu caule cresce através da água turva. Mas a flor se eleva acima da sujeira e se abre ao sol, linda e perfumada. No budismo, o lótus representa a verdadeira natureza dos seres, que se levantam através do Samsara para a beleza e clareza da iluminação.”
Pegue o caminho… Desapegando do caminho.
“Que símbolo fecundo
Vem na aurora ansiosa?
Na Cruz Morta do Mundo
A Vida, que é a Rosa.
*
Que símbolo divino
Traz o dia já visto?
Na Cruz, que é o Destino,
A Rosa, que é o Cristo.
*
Que símbolo final
Mostra o sol já desperto?
Na Cruz morta e fatal
A Rosa do Encoberto.”
Por fora montanha rochosa, por dentro caverna cristalina.
(…) “Cito abaixo alguns trechos das palavras de despedida de Buda.
A mente desonesta é incompatível com o Caminho. Por esta razão devem cultivar a honestidade.
A pessoa de muitos desejos, que procura grandiosidade apenas para si mesma, sofre muito.
Uma pessoa de poucos desejos não manipula a mente dos outros através da desonestidade. A mente de quem tem poucos desejos é tranquila e sem preocupações.
Para se libertar de todo o sofrimento é preciso conhecer o contentamento. O contentamento é a condição da prosperidade e do bem estar.
Sintam prazer na quietude e na tranquilidade. As pessoas ávidas por companhia sofrem dificuldades por excesso de companhia, assim como uma árvore corre o risco de murchar se muitos pássaros viverem nela.
Mantenham o esforço correto, a diligência, assim como o constante gotejar da água fura uma rocha.
Não percam a atenção correta ao procurar por um mestre ou um amigo. Se perderem a atenção correta, as paixões poderão entrar e perderão todos os méritos.
A mente devem estar concentrada, capaz de compreender o surgir e o desaparecer de todas as coisas no mundo.
Se tiverem sabedoria não terão ganância. Se possuírem o brilho da sabedoria poderão ver claramente, com seus próprios olhos.
Se quiserem obter a benção de Nirvana (paz), devem extinguir o mal de falar à toa. Não se engajem de forma leviana em conversas inúteis.
Este é o ensinamento final.
Não se lamentem. Não existe encontro sem despedida.
Façam da Verdade o seu mestre e eu viverei para sempre.
Hoje (15 de fevereiro), ao celebrar o Parinirvana de Buda deixo a vocês as seguintes questões:
Se você soubesse que iria morrer em algumas horas, estivesse em plena lucidez e cercada/cercado de seus filhos, netos, amigos, alunos, discípulos, parentes, pessoas amadas, colaboradores, o que diria a eles?
Qual é o seu ensinamento final?
Qual a mensagem de sua vida?
Reflita em si mesmo.“
∞
Meu ensinamento final:
Entregue-se a vida. Aceite a vida.
E aceite a sua vida entregando-se a mudança.
Aceite a mudança. A mudança é vida.
A mensagem da minha vida:
Mais importante do que continuar até o fim, é recomeçar quantas vezes for preciso. E assim, dar fim, renovando em si o princípio.
AnowA (03/04/2019, quarta-feira, às 17:52)
∞
* Trecho do texto Arte de morrer – Budismo – Zen budismo por Monja Coen.
sem dogmas, sem julgamentos, sem preconceitos… sempre amor…
cruzando encruzilhadas
realizando a cruz
circulando o centro aberto
integrando sombra e luz…
“Em nome do Incriado e do Criado e da Criação”… Amável e Imutável Mutação…
Sou de fé enquanto sou aquele que é… Sou o caminho enquanto o caminho…
Na vertical e no horizonte e no íntimo… Um total… Em todas as direções, em lugar nenhum…
Nem buda nem cristo escaparam do sofrimento, pelo contrário, atravessaram seus próprios sofrimentos… e encontraram-se na inocência… no vazio, na impermanência… a vida eterna, em si a contínua presença…
“Sentar não cria verdade,
meditar não produz insight,
assim como cheirar uma flor
não produz sua fragrância.
O perfume da rosa está aí.
Acalmamos para observar o desdobrar
e o florescer da sua natureza.
Acalmar e observar
a mera respiração permite
que a realidade do Agora revele sua natureza.
Sentar quietos nos dá a oportunidade
de testemunhar a revelação da verdade.
A lua aparece somente quando as águas se acalmam.”
* Texto extraído do Ebook: A lua aparece quando as águas se acalmam– Reflexões sobre o Dhamma – Ian McCrorie
∞ Sugestão de Biblioteca: OlharBudista.com – Livros, E-books e Weblivros
Logo que amanheceu, o carteiro chegou e bateu na porta de casa, me chamando:
– Olá Senhor! Bom dia! Chegou sua correspondência…
– Carta pra mim!? Não me lembro de corresponder com alguém, de onde estariam me respondendo!?
– Mas está endereçada ao senhor.
– E quem é o remetente?
– Aqui diz: “Em nome da Lei.”
– A Lei!? Eu não tenho problemas com a Lei, nem devo nada, não.
– Se acalma, vou abrir a carta e ler pro senhor… a mensagem diz o seguinte:
“Este é o retorno da Lei… Lei da Reciprocidade, também conhecida como Ação e Reação, Causa e Efeito, esta é a resposta do Karma (Ação).
Em todo e qualquer momento o senhor recebe aquilo que deu, o que se dá é seu, quer dizer, é nosso. Aquilo que recebeu é nosso, se o que foi recebido flui e confluir… bons frutos naturalmente brotarão, caso contrário, por coincidência, receberá somente aquilo que lhe é de direito, nem mais nem menos.
É legítimo, que o nosso dever, seja espontaneamente correspondido. Esta resposta vem daquele X da questão que habita em ti… que é em si, mas que você ainda prefere procurar mundo afora.
Não é preciso temer, seja preciso ao escolher… pois o bumerangue mais cedo ou mais tarde, volta… e lhe traz o presente, hora dado. Receba esta presença que aqui no agora é o universo expandindo em você. Você não deve nada, isto aqui é dever cumprido… amor correspondido.”
por AdriAnovamente
(01/09/2017)