“Agora entre as eternidades.”
“Se algo não te agrada, tira-lhe o único poder que tem: sua atenção.”
Segue agora e… Agora segue.
Segura com desapego…
“O único fim é o meio.”
“Se algo não te agrada, tira-lhe o único poder que tem: sua atenção.”
Segue agora e… Agora segue.
Segura com desapego…
“O único fim é o meio.”
Louva-a-deus… Louva-adeus…
❃
apego
cego
nego
ego
❃
desapegando
vendo
aceitando
sendo
❃
A paixão, o caixão, e a compaixão…
A impermanência
Ensina como ser,
Revelando como é.
A presença presente,
Impermanente-mente,
Assim que é.
Desperto. Desaperto. Desapego.
* Foto: “Ruínas do templo budista Wat Nong Bua Yai na Tailândia, que ficou escondido debaixo d’água por 20 anos após a construção da barragem de Pa Sak Cholasit, nas proximidades. Mas seus restos retornaram à superfície devido a uma seca extrema de uma década no centro da Tailândia”.
“Sem lama não há lótus”
Lótus de Coração…
…Coração de Lótus
As águas impuras são matéria prima condutora de energia… E é preciso muita energia para elevar-se as alturas… É preciso apropriar-se e aprimorar-se para enfim desprender-se, exalar o perfume do desapego…
Não desejar livrar-se, mas livrar-se do desejo.
Por meio do amor sincero e gratuito, lavamos a consciência… E assim, damos vida ao nosso ser profundo, damos a luz a chama renascente da vida… Renascemos de coração, encarnamos o amor pela vida… Viva a sã consciência, a luminosa consciência límpida…
Tu és a salvação (a cura). Ao tornar-se são (saudável curador)… Salvando (curando) aquilo que te salva (a ti mesmo)… Ao tornar-se um salvador (aquele que cura)… Sob o caminho daquilo que salva (sã consciência)… Tu és senão, a salvação… Por fim, o tal caminho eleva-nos ao principio, sem começo nem fim.
Maria, a Calmaria…
Alva, ela Salva…
Alvo, estou Salvo…
No ar gratuito da graça alcançada…
“Quem quiser subir deve primeiro baixar”. Quem quiser elevar deve primeiro aprofundar. Quem quiser ir além deve primeiro ir adentro.
A borboleta vai adentro de sua obscura natureza e de lá, conhecida, reconhecida, transfigurada, desapegada, renascida… volta em si para além de si mesma… dando vida a sua beleza… dando asas a sua vida… liberando suas impurezas e libertando sua pureza de ser… como é…
Em cada etapa/estágio da mudança realizada… Uma nova joia de sabedoria recebida… Quem cresce, vê mais alto, quem eleva-se pode ver além… Mas sem conhecer e reconhecer suas raízes afundo… sobe superficialmente pela escada aparente, porém, é tão somente um castelo de areia movediça…
A Luz/Consciência vem das Trevas/Inconsciente, o Cosmo/Ordem brota do Caos/Absurdo… A Lotus atravessa a Lama… A Borboleta cruza a Morte…
Desaperto. Desapego. Desperto.
Não apegue-se a certezas…
Confie no processo…
Que é desapegar…
Agora, enquanto… Vejo como é. Vejo como são.
Como é… Como são… Como é são…
“A água do rio flui sempre, sem cessar. Flui rápida, não para um só instante e se vai. Seu murmúrio evoca em mim o eco do tempo.
A água do tempo brilha no leito do Universo, sempre correndo, fluindo. Pedras, árvores, casas e cidades também fluem vagarosamente nesta correnteza, assim como os pensamentos, as civilizações, nossas vidas e as vidas de todos os seres. Tudo isso pode parecer imutável, mas na verdade essa ideia não passa de uma ilusão.
Apenas nós, seres humanos, acreditamos que tudo é imutável. Esforçamo-nos para não sermos levados pela correnteza, e lamentamo-nos por tudo que se vai. No entanto, mesmo sofrendo e desdobrando-nos por evitar, caindo sete vezes e nos levantando oito, não há como parar o fluir, que envolve também nossa dor e nossa luta.
Ao invés disso, é melhor ver as coisas como são e nos juntarmos a essa correnteza, com suavidade. Apenas assim poderemos encontrar prazer na fugacidade das coisas, uma vez que é justamente essa fugacidade que tece as mais diversas figuras na tapeçaria da vida.”
Shundo Aoyama Roshi (em “Para Uma Pessoa Bonita – Contos de Uma Mestra Zen”)
Vivo, caminho… Caminho vivo…
Entregue. Desapegado do resultado.
Recebido. Desapegado do resultado esperado.
Presente. Conectado ao processo…
Ao contínuo caminho sob nossos pés.
Assim como a nossa existência, os pensamentos vem e vão… Ondas do mar vem e vão… Nuvens no céu vem e vão… Entre a inspiração e a expiração… A imanência que paira no ar… A perene presença… Repleto silêncio no coração da vida…