Um Sol Coração

Onde a vida está? Onde tu és?

Tag: dor

Por amor, sobre a dor.

Buscador do caminho. Solitário caminho.

Solidário caminho. Caminho do buscador.

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doendo, ardendo…

tomado pela dor…

derrubado por sua dor…

busca dor…

busca reconhecer e conhecer a dor…

busca descobrir a natureza da dor…

busca diminuir a dor…

busca extinguir a dor…

busca adaptar-se, aceitar a dor…

busca aprender com a dor…

busca ensinar sobre a dor…

a dor faz o buscador…

a dor desfaz e refaz o buscador…

o buscador é a dor em busca…

 

É possível curar sofrimentos e tornar digno de paz, o sofredor… Mas honestamente não sei se é possível curar-se, realizar a paz com amor… sem a dor… pois existir dói… a existência é doída, dolorosa… e é dela que nos tornamos o que originalmente somos: ardor…

Vir a Ter… Ternura… Vir a Ser… Sereno…

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Conto Zen: Torne-se um Lago

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O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse.

“Qual é o gosto?” Perguntou o Mestre.

“Ruim”, disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse: “Beba um pouco dessa água”.

Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:

“Qual é o gosto?”

“Bom!” disse o rapaz.

“Você sente o gosto do sal?” Perguntou o Mestre.

“Não”, disse o jovem.

O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:

“A dor na vida de uma pessoa é inevitável. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Então, quando você sofrer, a única coisa que você deve fazer é aumentar a percepção das coisas boas que você tem na vida.

Deixe de ser um copo. Torne-se um lago.

“Ostra feliz não faz pérola”

Resultado de imagem para “Ostra feliz não faz pérola”

“Ostras são moluscos, animais sem esqueleto, macias, que representam as delícias dos gastrônomos. Podem ser comidas cruas, com pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas – são animais mansos –, seriam uma presa fácil dos predadores. Para que isso não acontecesse, a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, conchas duras, dentro das quais vivem. Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário.

Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostras felizes se riam dela e diziam: “Ela não sai da sua depressão…”. Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de sua aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava seu canto triste, o seu corpo fazia o trabalho – por causa da dor que o grão de areia lhe causava.

Um dia, passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro de uma ostra. Ele o tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele a tomou e deu-a de presente para a sua esposa. Isso é verdade para as ostras. E é verdade para os seres humanos.

No seu ensaio sobre O nascimento da tragédia grega a partir do espírito da música, Nietzsche observou que os gregos, por oposição aos cristãos, levavam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia. Não existia para eles, como existia para os cristãos, um céu onde a tragédia seria transformada em comédia. Ele se perguntou então das razões por que os gregos, sendo dominados por esse sentimento trágico da vida, não sucumbiram ao pessimismo.

A resposta que encontrou foi a mesma da ostra que faz uma pérola: eles não se entregaram ao pessimismo porque foram capazes de transformar a tragédia em beleza. A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A felicidade é um dom que deve ser simplesmente gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não produz pérolas. São os que sofrem que produzem a beleza, para parar de sofrer. Esses são os artistas. Beethoven – como é possível que um homem completamente surdo, no fim da vida, tenha produzido uma obra que canta a alegria? Van Gogh, Cecília Meireles, Fernando Pessoa…”

Ostra feliz não faz pérola – Rubem Alves

Continue, simpliFique.

Dor e poesia escrevem o amor…
A cura e poesia também…

Quando a corajosa lagarta
Atravessa a sua crisálida
E na autoconsciência
Voa pela própria expansão…

A dor dá sinais de alerta…
Amor é mistério que em si se revela …
Amar é cura que desperta…

 

Foto: Mariana Gouveia

* Inspirado no poema Conversa entre a dor e a poesia de Cristileine Leão – Blog Depressão com Poesia.

Conto Zen: O sabor da dor

O velho mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse:

“Qual é o gosto?” perguntou o mestre.

“Ruim “ disse o aprendiz.

O mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:

“Beba um pouco dessa água”. Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o mestre perguntou:

“Qual é o gosto?”

“Bom!” disse o rapaz.

“Você sente gosto do sal?” perguntou o mestre.

“Não” disse o jovem.

O mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:

“A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende do lugar onde a colocamos. Então quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido das coisas. Deixe de ser um copo… Torne-se um lago…”

Em Paz, Por Amor

olhar para os dois lados,

atravessar a dor e a raiva.

avenida vida, longa e imprecisa,

se ainda habita, ainda respira,

caminhe, mesmo pela rua cinza.

gregory-colbert-62

seguimos passo a passo,

nesse encanto e espanto.

nos conhecer, aceitar,

encontrar amor e paz.

Tempo Rei, Vida Rainha

quando se deseja chegar ao fim…

por ansiedade, dor ou medo…

Sombrero-Galaxy

esquecemos do princípio e o meio…

somos meio entre meios…

(há luz na escuridão)

s e r E s t a n d o

underwater_elena_kalis36

libertar-se do mal…

é reconhecê-lo como um bem processual.

é mirar aqui, o que deseja ver lá.

ver lá, o que esta miragem, esconde aqui.