Ser inocente. Ser amor.
Aprenda que é sempre aprender.
E saiba que é sempre saber.
Aprenda que é sempre aprender.
E saiba que é sempre saber.
A natureza ensina… Aprendemos conhecendo a própria natureza…
Agora vai
Agora vem
Agora paira
Ser em comum… Em comunhão com o coração da vida… Ó bem comum…
A chave está nas mãos… A porta no coração… Um todo no ar… E os pés no chão…
Vida que vem e vai… Vida que em si está…
Posso me prender até o último suspiro.
Posso aprender até o último suspiro.
Aprendiz até o fim. Aprendiz desde o princípio.
Somos causa e-feito concha ferida…
Ao encontro da pérola, em si escondida…
Eis a jornada misteriosa, a revelar-se na escola da vida…
A graça perpetua, quando tu és gratuitamente…
Por vezes a vida (unicamente múltipla que só ela)…
Pontua, põe ponto final… Ou seria ponto e vírgula?
Com ela faço rascunhos, interpretações, exclamações, reticências…
Mas cedo ou tarde retorno às interrogações e à fonte criativa.
No prefácio, parece rápido, fácil…
Porém, o sumário é sumério, segredos do mistério…
Onde termina o princípio?
Qual é o meio?
Aonde começa o fim?
E assim, capítulos rolam, uns enrolam outros desenrolam…
Figuras, personagens, riscos, teorias… Citações, traduções, justificativas ocupam longos parágrafos…
Apesar das leituras e releituras… há letras, linhas, entrelinhas, significados… sentidos que permanecem codificados em aberto espaço…
Palavras erradas, não escritas, mal entendidas, revisadas, nem sempre, quase nunca compreendidas…
Páginas e mais páginas difíceis de serem enumeradas… mas ainda assim escritas…
E a capa dura, mesmo que não ceda, envelhece e há de se dobrar ou cair naquele dia…
O livro, dura o tempo que durar… Simplesmente por cumprir o seu papel de mensageiro da vida…
De repente num tao não-lugar há de se completar histórias… A causa e-feito poesia… A página em branco comunica além das palavras… encerra o princípio em si…
* Texto revisado, publicado originalmente em 23/04/2014.
“Era uma vez, num lugar bem longínquo (e, ao mesmo tempo, aqui), há muitos e muitos anos, (e, ao mesmo tempo, agora), um grupo de cavaleiros que viajava numa noite escura. Com os cavalos já cansados, subiam uma montanha pedregosa e íngreme.
A exaustão e o desânimo abatiam todos os membros do grupo. O desejo deles era parar e dormir, no entanto a viagem não podia ser interrompida.
Nisso, ouviram uma voz forte vinda do céu, como um trovão:
– Desçam da montaria, encham as sacolas com as pedras que há no chão, remontem e continuem a viagem. Ao amanhecer, vocês estarão ao mesmo tempo alegres e tristes.
Alguns desmontaram, outros não.
Uns pegaram muitas pedras, outros poucas pedras.
Sem muita demora, todos seguiram viagem.
Ao amanhecer, conforme a voz anunciara, os cavaleiros estavam alegres e tristes ao mesmo tempo.
Alegres porque não eram pedras comuns; eram diamantes.
E tristes porque se arrependeram de não ter recolhido uma quantidade maior delas.
Assim é a vida.”
o sábio lê o mesmo livro…
o livro aberto… nas entrelinhas da vida…
livro aberto por… amor… livro aberto por… dentro…
o tempo não ensina…
dá a oportunidade de transformarmos…
as experiências em aprendizados…