Gratidão Perene

Hanuman (Deus-macaco) – Tradição Hindu
Gratidão pelo recebido.
Gratidão pelo existente.
Gratidão pelo presente.
Hanuman (Deus-macaco) – Tradição Hindu
Gratidão pelo recebido.
Gratidão pelo existente.
Gratidão pelo presente.
“Seria noite a vida inteira… Se não houvesse travessia.”
Paz eterna.
Paciência agora.
No meio do caminho, pétalas e espinhos. No caminho do meio, flores e perfumes.
O caminho das rosas… Travessia que eleva ao terno amor eterno.
Contemplo a beleza nas rosas… Acariciadas por um beija-flor.
O caminho é longo e tortuoso… Mas o bem guardado revela-se recompensador.
E o seu perfume as rosas exalam… Espelhando e espalhando feito o beija-flor.
Em meio a travessia, encontro nas flores… A graça que refletem-me.
De coração, cada rosa é incomparável a outra… Gratidão… é o que tenho a dizer.
Enfim, estão florescendo rosas… Sobre os espinhos em meu jardim.
Veja como é… Vendo como são…
Há um jardim de rosas em ti… Abra-te… Vai adentro e avante…
* Minha gratidão a autora do poema “O caminho de rosas” (Blog Canto do Encanto) do qual parafraseei.
* Fotos: James P Kelleher Rose Garden, Boston – EUA.
Quando um homem se encontra em um quarto escuro, ele precisa abrir todas as janelas. A janela que se dá para o Oriente e a que se dá para o Ocidente. Nós precisamos de todas as luzes. E hoje em dia, mais que em qualquer época, precisamos da Luz do Buda, e da Luz do Cristo.(…)
O que veremos aqui, não se trata da relação entre Jesus e Buda, mas entre Cristo e o Buda.
Tanto na tradição cristã como na tradição budista, nós fazemos a distinção entre três corpos.
Temos o corpo histórico, Nirmanakaya – é o corpo e a história de Jesus de Nazaré. Que podemos comparar ao corpo e a história de Sidharta Gautama da tribo de Sakyamuni.
Da mesma maneira que Jesus se tornou o Cristo pelo recebimento do Espírito, no momento do seu batizado, Sidharta torna-se o Buda, aquele cujo estado búdico está desperto, no momento do seu Despertar. Aqui falamos do Corpo Desperto, ou do Corpo do Cristo, o Meshiah – aquele que é habitado pelo Espírito.
Além deste corpo histórico e deste corpo transfigurado, ou desperto, existe o corpo essencial, o Dharmakaya, que na tradição cristã falaremos do Logos, do Verbo, da Luz pela qual tudo existe.
É importante nos lembrarmos destes três corpos, ou dessas três dimensões, porque muitas vezes comparamos aquilo que não é comparável: O corpo histórico de Jesus, com a Budeidade, ou estado de Clara Luz; ou o corpo histórico de Buda, com o Logos, o Verbo, dizendo que Jesus é Deus e que o Buda não passa de um homem. Nesse caso, estamos comparando níveis de realidade que não são comparáveis.
É interessante vermos qual era a vida de Jesus de Nazaré, e a vida de Sidharta Gautama da tribo de Sakyamuni. Veremos que são duas vidas bastante diferentes, seja num contexto geográfico, seja num contexto religioso – o mundo judeu para Jesus e o mundo hindu para Sidharta, e vermos como cada um interiorizou essas duas tradições, e por vezes entrando em conflito com representantes de ambas as tradições. Então, comparamos dois seres históricos. Um que terá uma vida curta e cujo final será dramático, e outra que é uma vida longa, cujos ensinamentos poderão ser transmitidos a muitas e muitas pessoas. Do ponto de vista histórico, Jesus e Sidharta não se assemelham muito.
Mas, ao nível do seu corpo de ensino, do seu corpo de doutrina, isto é, quando Cristo fala através de Jesus ou quando é o estado desperto que se expressa através de Sidharta, veremos que tanto um quanto o outro, buscaram o despertar de todos os seres vivos, a salvação e a libertação de todos os seres vivos, e aí poderemos ver que seus ensinamentos como complementares, como havia dito, nós precisamos de todas as luzes.
Quando S.S. Dalai Lama, fala sobre os ensinamentos do Buda – Purifique seu coração – nós poderemos encontrar muita ressonância com a tradição do evangelho.
Quando nos situamos no nível último, quando falamos de Jesus enquanto o Logos, o Verbo, como a natureza que dá existência a todas as coisas, esta Clara Luz original, e quando falamos do Buda enquanto Budeidade, neste momento estamos além de todas as comparações.
A Fonte da realidade é a Fonte da realidade. Não existem duas realidades, mas existem infinitas maneiras de expressá-la. A Fonte é Uma.
Quando falamos de Jesus e de Sidharta, estamos comparando dois seres históricos; quando falamos de Cristo e de Buda, estamos falando de dois seres históricos habitados um pela Budeidade e outro pelo Logos, pelo Verbo; e quando falamos da Realidade Última tanto do Cristo, quanto de Buda, então entramos no silêncio, esta Luz Original que está na Fonte dessas duas aparências, dessas duas grandes janelas, através das quais, a Luz do Despertar, a Luz do Vivente nos é transmitida.
* Trecho da Palestra “Buda e Cristo”, proferida por Jean-Yves Leloup (e Lama Padma Santem) na Academia Brasileira de Letras – Rio de Janeiro Jan/2013.
Fonte: Ventos de Paz
“Toda vez que falta luz, o invisível nos salto aos olhos.” H.G
“E de olhos fechados o que é que você vê?
Você é de verdade ou só o que mandaram ser?
Levante os punhos se não quiser morrer.
Depois da treva, um novo dia há de nascer.
Abrace a sua sombra e traga ela pra vida.
As vezes no escuro se encontra a saída.”
Escuridão é não enxergar a luz que é laço em nós…
* Letra da canção “Abrace a Sua Sombra” – Fresno
* Fotos: Flor Dama da Noite e Flor de Ninféia.
Vênus… estrela d’alva, estrela da manhã…
A Luz nos diz:
“Brilha em Mim
Para que veja quem tu És.”
“Tudo é para o bem.”
O céu interior… Espelha… O céu superior…
quando houver nuvens, paciência
quando houver chuva, compadeça
quando houver raios, prudência, humilde seja
quando houver ventos, ventile, observe com clareza
quando for noite, seja luz
quando for dia, céu azul
Enquanto for, será, pois é…
Olhar para dentro… Entrar na “toca do coelho” e ver além do “ego – eu dualista”… E ver aquele que é… Eu por inteiro, o Eu Sou: Uno com o Todo…