t r i a n g u L A R
amor por si
amor ao outro
amor ao todo
amor transcende ao fim
amor por si
amor ao outro
amor ao todo
amor transcende ao fim
não sentir-se acolhido,
não sentir-se aceito,
não sentir-se amado,
sentir-se solitário…
trás medos, tristeza, indiferença,
negação, reações violentas,
vitimização, culpabilização…
profundas doenças, o desamor.
dar importância, respeitando…
“ao outro como a ti mesmo”,
vencemos os medos e o medo de amar.
amar é cultivar “o bem sem olhar a quem”.
há quem esteja na guerra,
do “bem contra o mal”…
na massacrante rivalidade do dualismo.
há aquele que é equilíbrio,
entre todos os opostos…
feito tríade, em paz, na síntese do cosmos.
há quem pense que a “verdade”, o “bem”,
é somente aquilo que lhe convém…
isso chama-se egocentrismo,
não enxerga além do próprio umbigo.
a verdade muitas vezes dói,
ela nos leva a desilusão…
e o bem, por vezes, é justamente isso,
o inesperado inconveniente,
que nos torna conscientes…
capazes de discernir a verdade da ilusão.
portanto, aceite que nem tudo…
o que você pensa, deseja e acredita,
é verdadeiro ou lhe faz bem…
isso não o faz inferior,
ao contrário, o torna humilde,
com os pés no chão para a investigação,
e disponível para vivenciar o novo que o renova.
resgatar a inocência, a pureza,
implica em perdermos a ingenuidade…
eis a sabedoria do silêncio,
que ecoa em nossos corações.
krishna não era hinduísta, ele é ele.
lao-tsé não era taoista, ele é ele.
buda não era budista, ele é ele.
cristo não era cristão, ele é ele.
mestres, sábios são o que são, aqueles que são…
por isso mesmo são o divino em manifestação.
o silêncio é sábio,
no silêncio interior há vida,
do silêncio nasce a voz do coração.
ao sentir-se culpado, punimos…
ficamos doentes, mesquinhos,
aprisionando o presente,
em detrimento de um “julgamento eternizado”,
do sentimento silenciosamente inflamado…
apegado, identificado ao ultrapassado.
o que passou, passou…
e o que fica é aprendizado,
para aquele que se conscientiza,
de que perdoar é libertar-se do mal passado,
aceitando o presente momento,
cicatrizando o antigo ferimento,
em nome do propósito mor: o amor…
que na prática é liberdade de ser,
discernir os dramas em si,
ser o infinito transcender,
a eterna renovação…
gratidão, perdão e compaixão.
ser palhaço equilibrista,
a palhaça malabarista,
ser palhaço ilusionista,
a palhaça contorcionista.
no circo cósmico…
o todo é grande magia,
jogo de cartas,
número de ilusionismo,
rir de si mesmo, riso da vida.
ser tolo, de bobo, a arte, de graça,
a inocência do cômico-cósmico,
brincar de ser criança, só esperança,
circo-lar na eterna beleza da ciranda em si.