Hoje, pois É…
Dar valor ao que se vive…
E tornar valiosa a vida…
Lição do dia.
Dar valor ao que se vive…
E tornar valiosa a vida…
Lição do dia.
com o passado aprendi…
que o futuro se faz agora
no presente da vida.
hoje, me preparo
para o futuro…
pois o tempo passa
e o presente…
é sempre agora.
*Foto de Sean Goebel: Sombra do vulcão Mauna Kea, no Havaí, projetada pelo sol nascente sobre outro vulcão Hualalai, enquanto a lua cheia brilha no céu.
em minha mente egoica há um juiz…
na verdade, há dois juízes:
– um sempre condena o outro e a sentença é prisão perpétua.
– o outro, condena a si mesmo e a sentença também é prisão perpétua.
não é condenar-se para absolver o outro ou condenar o outro para ser absolvido…
mas estar livre, ser livre… é não julgar, não colocar-se juiz, não sair de cena… e sim entregar-se ao momento presente e aceitar o presente… estar em Si (no Todo), ser presença: discernir e compreender.
amar é ser presença, amar é ser liberdade, amar é ser aceitação…
ser livre é entregar-se, ser livre é confiar, ser livre é amar… sem julgar…
não julgar, não é ter que silenciar… é simplesmente ser silêncio… silêncio.
Madre Teresa dizia que “se você julga as pessoas, não tem tempo para amá-las”… logo, se nos julgamos, não temos tempo para se amar.
Sobre o silêncio do Zen: “Zen é Zazen. Zazen é estudar a Si-mesmo. Estudar a Si-mesmo é esquecer-se de Si-mesmo.”
“A mente deve ser como o lago, que nunca retém o reflexo que passa por ele. A nuvem passa se reflete no lago. A nuvem se vai e o reflexo, igualmente.”
profundamente
tranquilo,
pacífico
oceano.
“Chuang Tzu e Hui Tzu atravessavam o rio Hao, pelo açude.
Disse Chuang: “Veja como os peixes pulam, e nadam tão livremente; Isto é a sua felicidade.”
Respondeu Hui: “Desde que você não é um peixe, como sabe o que torna os peixes felizes?”
Chuang respondeu: “Desde que você não é eu, como é possível que saiba que eu não sei o que torna os peixes felizes?
Hui argumentou: “Se eu não sendo você, não posso saber o que você sabe, daí se conclui que você também não sendo um peixe não pode saber o que eles sabem.”
Disse Chuang: “Um momento. Vamos retomar a pergunta inicial. O que você me perguntou foi: “”Como você sabe o que torna os peixes felizes?””
Dos termos dessa pergunta você sabe evidentemente que eu sei o que torna os peixes felizes. Conheço as alegrias dos peixes no rio através da minha própria alegria, à medida que vou caminhando à beira do mesmo rio”.
Tomas Merton em A Via de Chiang Tzu
“O rio da existência é Um. Todos aqueles que estão conscientes da vida em fluxo contínuo reconhecem a felicidade genuína, pois estão imersos na mesma plenitude da natureza; a muito “venceram” os desafios da mente fracionária e retomaram a beleza de viver em perfeita harmonia com todos os elementos da natureza. Neste conto Chuang Tzu nos mostra que a simplicidade é a joia mais preciosa pois é fruto da pura compreensão, fruto da verdadeira comunhão. Afinal, é muito simples ser feliz. Mas é muito difícil ser simples…” Lilian Ventos de Paz
O Primeiro Ministro da Dinastia Tang era um herói nacional pelo seu sucesso tanto como homem de estado quanto como líder militar. Mas a despeito de sua fama, poder e riqueza, ele se considerava um humilde e devoto Budista.
Freqüentemente ele visitava seu mestre Zen favorito para estudar com ele, e eles pareciam se dar muito bem. O fato de que ele era primeiro ministro aparentemente não tinha efeito em sua relação, que parecia ser simplesmente a de um reverendo mestre e seu respeitoso estudante.
Um dia, durante sua visita usual, o Primeiro Ministro perguntou ao mestre, “Mestre, o que é o egoísmo de acordo com o Budismo?” O rosto do mestre ficou vermelho, e num tom de voz extremamente desdenhoso e insultuoso ele gritou em resposta: “Que tipo de pergunta estúpida é esta?!?”
Tal resposta tão inesperada chocou tanto o Primeiro Ministro que este tornou-se imediatamente arrogante e com raiva: “Como ousa me tratar assim?” Neste momento o mestre Zen sorriu e disse: “Isto, Sua Excelência, é egoísmo…”
Um samurai depois de ter sido derrotado numa importante prova de habilidades, vagou sem rumo com os pensamentos confusos, enfurecido, sem querer aceitar a derrota.
Parou em um lago que encontrou no seu caminho e lançou violentamente
uma pedra contra as suas águas, que se agitaram violentamente.
O samurai ainda com raiva e ressentido, percebeu algo e refletiu:
– “Mesmo ofendido e perturbado com a pedra que atirei, em instantes o lago se recompôs, retornando a tranquilidade inicial.”
O samurai concluiu que mesmo que lançasse todas as pedras da redondeza, pequenas ou grandes, o lago sempre retornaria à sua natural tranquilidade, como se nunca tivesse sido atingido por nada.
Ao refletir sobre isso o homem evocou “Mizuno kami” (O Espírito das Águas):
– “Espírito das Águas, por que quando meu coração é ferido ficam cicatrizes e este lago, em instantes apaga todos os vestígios da agressão sofrida”?
Respondeu o “Espírito das Águas”:
– “O Lago faz com que a pedra se perca na sua grandeza e profundidade, logo, é como ser atingido por nada. O lago conserva consigo o silêncio, e não as queixas. Eis o segredo de sua serenidade”.
O Samurai curvou respeitosamente em gratidão para o lago e declarou ao “Espírito das águas”:
– “Hoje aprendi um grande ensinamento com as águas silenciosas de um lago”!
*
“A profundidade da Consciência dispensa explicações. É espaço, totalidade, absoluto; do que iria reclamar, do que iria se afastar, e como?
Inclusão, aceitação, e acolhimento e gratidão são da natureza do Ser. Reconhece a sua Totalidade, reconhece que nada está fora de Si, tudo lhe pertence… porque iria dizer não para SI mesmo?
Somente a ideia de um ego separado do Todo, e que detém em si alguma autonomia, seria capaz de imaginar ser possível se afastar de algo.
Somente a ideia de frações e fragmentos pode imaginar que podemos de fato nos afastar de alguma coisa, ou alguém.
Nada está fora, simplesmente porque “fora” é algo que nunca existiu, nem tem como existir, já que a existência é completa em Si mesma, é Total e absoluta em tudo e em todos.
A gota no oceano é também o oceano na gota…
Reconhecer isso é descansar em SI mesmo, e desfrutar da jornada da vida, sendo lá qual for, o encontro é sempre consigo mesmo…” Lilian Ventos de Paz
se perdoar…
não é isentar-se da responsabilidade do erro…
mas justamente o contrário
se responsabilizar pelo próprio ato…
é o primeiro passo para o recomeço
ou para permanecer no caminho.
estar no caminho da paz, do encontro, da felicidade…
é ser… ser capaz de cultivar a liberdade…
preservando o respeito e a autorresponsabilidade…
perdão é senão, purificar o coração…
respeitando o cordão que une compaixão e gratidão.